Era o sonho de uma vida se concretizando. Depois de tantos anos, ele finalmente tinha encontrado a mulher de sua vida. Certamente ela era linda, meiga, adorável, tudo aquilo que alguém pode desejar. Anos seguidos de noivado, e agora a espera dava lugar a uma nova história para escrever juntos. Mas, sem qualquer aviso prévio, o inimaginável aconteceu: ela está grávida e o filho não é dele!
Não, caro leitor. Isto não é nenhuma cena de novela, nem episódio de seriado ou programa de TV. É justamente assim que começa o primeiro dos evangelhos na Bíblia. Parece loucura, mas quando parei pra meditar neste texto em minha devocional, levei um susto daqueles. Estou me referindo, é claro, à história que por inúmeras vezes passa despercebida diante de nossos olhos – a difícil situação de José ao descobrir a gravidez inesperada de Maria em Mt 1.18-25.
Talvez Mateus não narre o ocorrido como fiz aqui, mas, com toda certeza, estamos diante de uma situação não menos dramática. José de fato já havia casado com Maria, sua esposa, mas o evangelista deixa bem claro que ele não havia consumado ainda a união com ela, pois ela era ainda virgem (v.18). Nossa! É terrível até mesmo imaginar José neste seu dilema desesperador, que sutilmente se põe a nossa frente no relato bíblico. Quem pode imaginar o que teria passado na cabeça dele? Talvez noites e noites andando ao lado da cama e olhando a estranha barriga que crescia em sua recém desposada Maria – já que não havia muitas maneiras de se constatar a gravidez naquele tempo. E quem pode dizer o que ele sentiu ao ver sua mulher grávida? Desespero, raiva ou até desejo de vingança? Quem pode dizer o que deve ser feito numa situação dessas?
Penso em José e lembro-me de nossa vida diária. Mas não me refiro a casos igualmente suspeitos que você certamente deve conhecer. Não. Eu me recordo que a vida é assim pra todos nós – imprevisível, chocante e até assustadoramente surpreendente. Quantas vezes somos tomados de assalto na virada de um minuto e aquilo que parecia o começo de um sonho – como o foi pra José – se torna um pesadelo sem fim? A morte de alguém querido, um amigo que nos decepcionou, uma doença repentina, todos nós estamos sujeitos ao inesperado. Recentemente, provei isto na prática. O estado onde moro foi tomado por uma terrível enchente, talvez a pior de sua história. Cidades extremamente pobres quase foram completamente varridas pela água e o pouco que o povo tinha se perdeu. A situação aqui é triste e comovente. "Ah! Isso é coisa de jornal, só acontece no sul". Como eu poderia imaginar que Alagoas, em pleno sertão nordestino, se tornaria palco de uma calamidade desse porte?
Contudo, o que mais me surpreende neste relato é a atitude de José. Ele tomou uma atitude digna de quem seria o pai terreno de nosso Senhor Jesus Cristo. Vendo em Maria a “aparência do mal”, ele não entrou em desespero, ou tomado de ódio se pôs a fazer algo precipitado. Não – e um "não" igualmente chocante! Sem nenhuma revelação prévia da parte de Deus, aquele homem notável tomou a mais difícil decisão de sua vida: se ele deixasse Maria publicamente, ela seria alvo da infame condenação de sua sociedade e certamente seria apedrejada por adultério. Se ele ficasse com ela, ambos seriam alvo do vexame público, pois com certeza a gravidez precoce iria levar o povo a concluir que, ou Maria havia traído seu marido, ou que os dois tiveram uma relação antes do casamento.
O que fazer numa situação dessas? José foi além do que a maioria de nós iria. Estou certo que, como homem justo que era, deve ter apresentado seu caso a Deus em oração antes de fazer alguma coisa. E então, ele decidiu deixar Maria secretamente (v.19), atraindo assim para ele toda a culpa e vergonha de ter engravidado a jovem e depois tê-la abandonado.
Não sei o que você sente a respeito, mas me sinto medíocre diante de homens como José. Entretanto, sinto-me tanto mais desafiado a agir como ele. Quando esta vida me incita a abandonar a minha fé e cair em desespero, quando sugere meios sujos de escape e oferece desculpas pra “eu me dar bem” sobre quem quer que seja, sou desafiado a imitar José. Situações inesperadas não implicam em atitudes desesperadas. Pelo contrário, quando a vida surpreende é hora de surpreendê-la. Devemos seguir o exemplo de José e também confiar a Deus nossos temores diante das surpresas da vida. Ele agiu assim e foi recompensado, sendo aliviado de seus temores através da palavra de um anjo (v.20-24). Bem assim o é para todos quantos esperam e confiam em Deus. Lembremos que nunca faltarão temores e decepções enquanto vivermos nesta terra, mas para todo aquele que tem em Deus o seu fundamento, não faltará também a inexplicável graça divina para surpreender.
Não, caro leitor. Isto não é nenhuma cena de novela, nem episódio de seriado ou programa de TV. É justamente assim que começa o primeiro dos evangelhos na Bíblia. Parece loucura, mas quando parei pra meditar neste texto em minha devocional, levei um susto daqueles. Estou me referindo, é claro, à história que por inúmeras vezes passa despercebida diante de nossos olhos – a difícil situação de José ao descobrir a gravidez inesperada de Maria em Mt 1.18-25.
Talvez Mateus não narre o ocorrido como fiz aqui, mas, com toda certeza, estamos diante de uma situação não menos dramática. José de fato já havia casado com Maria, sua esposa, mas o evangelista deixa bem claro que ele não havia consumado ainda a união com ela, pois ela era ainda virgem (v.18). Nossa! É terrível até mesmo imaginar José neste seu dilema desesperador, que sutilmente se põe a nossa frente no relato bíblico. Quem pode imaginar o que teria passado na cabeça dele? Talvez noites e noites andando ao lado da cama e olhando a estranha barriga que crescia em sua recém desposada Maria – já que não havia muitas maneiras de se constatar a gravidez naquele tempo. E quem pode dizer o que ele sentiu ao ver sua mulher grávida? Desespero, raiva ou até desejo de vingança? Quem pode dizer o que deve ser feito numa situação dessas?
Penso em José e lembro-me de nossa vida diária. Mas não me refiro a casos igualmente suspeitos que você certamente deve conhecer. Não. Eu me recordo que a vida é assim pra todos nós – imprevisível, chocante e até assustadoramente surpreendente. Quantas vezes somos tomados de assalto na virada de um minuto e aquilo que parecia o começo de um sonho – como o foi pra José – se torna um pesadelo sem fim? A morte de alguém querido, um amigo que nos decepcionou, uma doença repentina, todos nós estamos sujeitos ao inesperado. Recentemente, provei isto na prática. O estado onde moro foi tomado por uma terrível enchente, talvez a pior de sua história. Cidades extremamente pobres quase foram completamente varridas pela água e o pouco que o povo tinha se perdeu. A situação aqui é triste e comovente. "Ah! Isso é coisa de jornal, só acontece no sul". Como eu poderia imaginar que Alagoas, em pleno sertão nordestino, se tornaria palco de uma calamidade desse porte?
Contudo, o que mais me surpreende neste relato é a atitude de José. Ele tomou uma atitude digna de quem seria o pai terreno de nosso Senhor Jesus Cristo. Vendo em Maria a “aparência do mal”, ele não entrou em desespero, ou tomado de ódio se pôs a fazer algo precipitado. Não – e um "não" igualmente chocante! Sem nenhuma revelação prévia da parte de Deus, aquele homem notável tomou a mais difícil decisão de sua vida: se ele deixasse Maria publicamente, ela seria alvo da infame condenação de sua sociedade e certamente seria apedrejada por adultério. Se ele ficasse com ela, ambos seriam alvo do vexame público, pois com certeza a gravidez precoce iria levar o povo a concluir que, ou Maria havia traído seu marido, ou que os dois tiveram uma relação antes do casamento.
O que fazer numa situação dessas? José foi além do que a maioria de nós iria. Estou certo que, como homem justo que era, deve ter apresentado seu caso a Deus em oração antes de fazer alguma coisa. E então, ele decidiu deixar Maria secretamente (v.19), atraindo assim para ele toda a culpa e vergonha de ter engravidado a jovem e depois tê-la abandonado.
Não sei o que você sente a respeito, mas me sinto medíocre diante de homens como José. Entretanto, sinto-me tanto mais desafiado a agir como ele. Quando esta vida me incita a abandonar a minha fé e cair em desespero, quando sugere meios sujos de escape e oferece desculpas pra “eu me dar bem” sobre quem quer que seja, sou desafiado a imitar José. Situações inesperadas não implicam em atitudes desesperadas. Pelo contrário, quando a vida surpreende é hora de surpreendê-la. Devemos seguir o exemplo de José e também confiar a Deus nossos temores diante das surpresas da vida. Ele agiu assim e foi recompensado, sendo aliviado de seus temores através da palavra de um anjo (v.20-24). Bem assim o é para todos quantos esperam e confiam em Deus. Lembremos que nunca faltarão temores e decepções enquanto vivermos nesta terra, mas para todo aquele que tem em Deus o seu fundamento, não faltará também a inexplicável graça divina para surpreender.
Deus nos abençoe no amor de Cristo!
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