Se ainda persistem mistérios nas relações que cercam os seres humanos – sejam elas emocionais, físicas ou psicológicas – com certeza um dos maiores deve estar na imagem que construímos uns dos outros. Mais do que muitos estão dispostos a admitir está o fato de que somos extremamente afetados pelo próximo em nossa autopercepcão. Talvez a questão não seja tanto o quanto do outro me influencia – pois o bombardeio que sofremos é intenso e ininterrupto através da mídia, do ambiente de trabalho, do círculo de amigos e por aí vai. Pra mim, trata-se muito mais que meras alterações no modo de pensar e agir do dia a dia. O que me intriga mesmo é o quanto de mim define quem é ao meu lado e vice-versa.
Não, não é erro de concordância verbal. Quem é e não quem está ao lado, leia-se. Falo do ser, da alma, do que define a própria humanidade humana – desculpe-me a redundância. Refiro-me ao caráter, tal como Cristo expôs na parábola do joio e do trigo. Ali, vemos o Mestre revelando a realidade humana com clareza chocante. O joio, o trigo, lado a lado na mesma terra. Um se definindo em oposição ao outro, mas, ao mesmo tempo, sendo visivelmente indistinguíveis. O joio, diz a parábola (cf. Mt 13.24-30), aparece oportunamente quando a erva cresce e dá fruto. O trigo fica de tal forma cercado por ele que a tentativa de separá-los seria mais danosa que a própria erva daninha o é. E assim convivem.
Da terra brota o fruto, a sutil diferença. O joio se passa por trigo, sufoca-o e se possível arranca-lhe para fora as raízes. O trigo, porém, procura o pó no fundo da terra, buscando experimentar uma mortificação mais intensa a cada dia, para que assim, possa dar muito mais fruto. Quem, porém, pode determinar quem é quem? Como não arriscar queimar o trigo novo e frágil enquanto se recolhe joio robusto? A relação conflituosa entre ambos deve existir para que o trigo, como semente, não se esqueça que tem que morrer. O joio, porém, deve se lembrar que sua farsa não poderá alterar seu destino. O joio, por mais vistoso que aparente ser, jamais será trigo. Nada lhe resta senão a foice e a fogueira.
O mistério é a verdade pura e dura de que somos quem somos no final das contas. Não existe engano, nem engodo, máscara ou mal entendido. É possível fingir ser o que não é, mas não se pode fugir de si mesmo. Aquele que sabe quem é ou não tem a pretensão de ostentar a si mesmo – porque é trigo – ou se recusa a realmente se mostrar como é – porque é joio. Assim permanece o silêncio. Contudo, o fim chegará para ambos. Como diz um antigo provérbio: "Semeie um pensamento e colha um ato. Semeie um ato e colha um hábito. Semeie um hábito e colha um caráter. Semeie um caráter e colha um destino". O joio e o trigo, a terra e o fruto. Cada vida foi lançada à terra a seu tempo. Cada erva segue o curso de sua própria natureza. Mas o mistério de quem somos na verdade só será revelado por Deus, Aquele que é.
Não, não é erro de concordância verbal. Quem é e não quem está ao lado, leia-se. Falo do ser, da alma, do que define a própria humanidade humana – desculpe-me a redundância. Refiro-me ao caráter, tal como Cristo expôs na parábola do joio e do trigo. Ali, vemos o Mestre revelando a realidade humana com clareza chocante. O joio, o trigo, lado a lado na mesma terra. Um se definindo em oposição ao outro, mas, ao mesmo tempo, sendo visivelmente indistinguíveis. O joio, diz a parábola (cf. Mt 13.24-30), aparece oportunamente quando a erva cresce e dá fruto. O trigo fica de tal forma cercado por ele que a tentativa de separá-los seria mais danosa que a própria erva daninha o é. E assim convivem.
Da terra brota o fruto, a sutil diferença. O joio se passa por trigo, sufoca-o e se possível arranca-lhe para fora as raízes. O trigo, porém, procura o pó no fundo da terra, buscando experimentar uma mortificação mais intensa a cada dia, para que assim, possa dar muito mais fruto. Quem, porém, pode determinar quem é quem? Como não arriscar queimar o trigo novo e frágil enquanto se recolhe joio robusto? A relação conflituosa entre ambos deve existir para que o trigo, como semente, não se esqueça que tem que morrer. O joio, porém, deve se lembrar que sua farsa não poderá alterar seu destino. O joio, por mais vistoso que aparente ser, jamais será trigo. Nada lhe resta senão a foice e a fogueira.
O mistério é a verdade pura e dura de que somos quem somos no final das contas. Não existe engano, nem engodo, máscara ou mal entendido. É possível fingir ser o que não é, mas não se pode fugir de si mesmo. Aquele que sabe quem é ou não tem a pretensão de ostentar a si mesmo – porque é trigo – ou se recusa a realmente se mostrar como é – porque é joio. Assim permanece o silêncio. Contudo, o fim chegará para ambos. Como diz um antigo provérbio: "Semeie um pensamento e colha um ato. Semeie um ato e colha um hábito. Semeie um hábito e colha um caráter. Semeie um caráter e colha um destino". O joio e o trigo, a terra e o fruto. Cada vida foi lançada à terra a seu tempo. Cada erva segue o curso de sua própria natureza. Mas o mistério de quem somos na verdade só será revelado por Deus, Aquele que é.
Deus nos abençoe no amor de Cristo!
Já tava com saudade de ler os seus textos,Herisson!Eles edificam,confrontam...Rsrsrs
ResponderExcluirQue Deus continue a usá-lo através desse blog.
Abraço!
=D