O grito da vez, nas eleições, se tornou paradoxalmente político. Fora com a oposição, nada de propostas, sem conversas, nenhum diálogo.
Infelizmente, fora é o lugar onde se lança o divergente – e imprestável.
Fora é a cerca em volta do incômodo, é o muro de Berlim da consciência, o campo de concentração do diferente.
Fora é o lugar de onde, com muitos esforços, tentamos resfolegar ações pra entender porque um país como o Brasil tem que andar – depois de anos de redemocratização – às custas de pão e circo.
Fora é onde a gente se sente, e se vê obrigado a sentar a ver bate-bocas sem sentido apelidados de debate.
Outro deboche eleitoreiro, que estuda a tática da hora pra subir nas pesquisas.
Enfim, fora da urna parece que tudo é permitido, tudo é desmentido.
Mas é dentro, e sempre de dentro, que tudo muda.
Desculpem-me a franqueza, mas chega de fora.
Quem quiser mudança, que faça de seu voto sua consciência entregue ao Brasil.
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