Guerra Declarada: "Omo Fobia"

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É a “apologia da fé” como projetor político. Eles são todos "infelicianamente" iguais, no papel de "voz do que clama no deserto" defendendo o nicho eleitoral e eclesiástico. Marcos Feliciano não me representa. E digo o porquê.

Acho que, ao falar de “defesa”, nos vem à mente textos como “batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” (Jd 3). Sim, a nossa existência é feita de embates; possuir caráter é defender princípios. O próprio Jesus não teve medo de atacar os líderes que abusavam da lei e, pelo próprio significado do evangelho, denunciou ideologias, modismos e práticas de exploração.

Contudo, não vejo Jesus declarando guerra contra Roma - o devasso, corrupto e idólatra Império Romano. Não encontro nada em Jesus que apoie uma “militância da fé”. Digo isso porque vejo todos os dias Deus ser defendido à “pancadas” de argumentos. A despeito disso, a vida humana foi, é e sempre será caída neste mundo. E o Reino d'Ele não é nem jaz aqui.

Muito já se articulou em discursos e projetos de transformação da sociedade na história da cristandade - até pela via da tomada de poder. Entretanto, frequentemente foi esquecido que o convencimento é ação pura do Espírito.

Portanto, não é negligenciar os meios, não se trata de se acovardar. Trata-se, isso sim, de não se deixar sucumbir ao espírito do ódio, da lei do olho por olho, do querer fazer fogo cair do céu. É se submeter à ação do Vento, dirigido pelo amor do evangelho. O evangelho sou eu pacificado, até mesmo quando sou guiado como ovelha muda perante os meus tosquiadores.

Por isso, como de fato falou Luther King, não podemos ficar calados, mesmo quando o mal se traveste do “bem”.

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