O que virá é a inescapável polarização. As eleições serão uma “copa do mundo do poder”. Os discursos políticos bradarão como gritos de torcida organizada. Partidos em guerra à caça de eleitores. Com a crescente conscientização política do povo brasileiro, veremos candidatos seguindo caminhos muito distintos, numa encruzilhada de ideias somada à pauta de “temas de sempre”. Enquanto isso, a discussão séria sobre o real momento ético ficará fora do jogo. Assistiremos no campo a jogadores individualistas e uma nação divida.
Porém, faço esta óbvia previsão para dar ocasião a um pedido simples. Diante do que virá, não se deixe sucumbir ao partidarismo. Faça suas escolhas, defina suas preferências políticas e saiba sustentar suas ideias. Mas não se entregue a movimentos supérfluos, não compre brigais mortais, não se desfaça de amigos por divergências de pensamento. A vida real é muito mais que orientações políticas, onde, para bem de uma democracia, deveria haver constante alternância no poder. No entanto, poder e política são frequentemente manobrados pelos oportunistas e inflamados pelas paixões ensandecidas de um instante.
Fazemos as escolhas, mas as escolhas acabam nos fazendo também. Não esqueça disso. Mais importante que não ficar calado agora é não tapar os ouvidos. Ser livre é caminhar, seja ao lado do outro, seja passando por ele. Contudo, liberdade é dar a si mesmo os melhores limites. O momento crucial da vida política do país se define em nós também. Em todos, cada qual a seu modo. Não se perca no 2018 do Brasil.
“Nunca se mente tanto quanto antes das eleições, durante a guerra e depois da caçada” - Otto Von Bismarck.
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