A pior face do preconceito é a negação. No Brasil, a imensa população parda e negra convive cotidianamente com o racismo disfarçado, consentido e normalizado. Persiste o mito da democracia racial.
As raízes históricas nos fazem lembrar que, no Brasil, a cor da pele significa. O símbolo maior, a perseverança de quilombolas por mais de 90 anos - a maior e mais eficiente ação contra o colonialismo das Américas - remete ao significado que reveste seu povo negro: a resistência.
Contudo, reconheço, há no Brasil um preconceito ainda mais repugnante contra o pobre. Pobres e pretos, pretos e pobres, viraram quase sinônimos. Basta. As diferenças nos enriquecem.
Por um Brasil de consciência negra.
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