O novo rompante salvacionista do Presidente mistura vicariato, ofensas e mentiras.
Em mais uma crise forjada por ele mesmo, o Presidente Jair Bolsonaro compartilhou através de seu Whatsapp dois vídeos nos quais convoca-se a população a comparecer às manifestações de rua contra o Congresso e o STF, marcadas para o próximo dia 15 de março.
Em reportagem veiculada pelo site BR Político [1] no último dia 25 de fevereiro, a jornalista Vera Magalhães revelou em primeira mão o conteúdo das mensagens endossadas pelo Presidente.
Causou espécie mais uma vez o culto à persona de Bolsonaro. Os vídeos contém cenas do terrível atentado que este sofreu durante a corrida eleitoral de 2018, acrescidos de frases que o equiparam ao sofrimento vicário de Jesus.
O texto inserido entre as imagens tem o seguinte teor:
“Ele foi chamado a lutar por nós. Ele comprou a briga por nós. Ele desafiou os poderosos por nós. Ele quase morreu por nós (sic). Ele está enfrentando a esquerda corrupta e sanguinária por nós. Ele sofre calúnias e mentiras por fazer o melhor para nós. Ele é a nossa única esperança (sic) de dias cada vez melhores. Ele precisa de nosso apoio nas ruas. Dia 15.3 vamos mostrar a força da família brasileira. Vamos mostrar que apoiamos Bolsonaro e rejeitamos os inimigos do Brasil. Somos sim capazes, e temos um presidente trabalhador, incansável, cristão, patriota, capaz, justo, incorruptível (sic). Dia 15/03, todos nas ruas apoiando Bolsonaro”.
Assim, à toda evidência, Jair crê mesmo que é o Messias.
Na última quinta, em sua live, Bolsonaro atacou a jornalista, afirmando que os vídeos datam de 2015. Mentiu desavergonhadamente, vez que em 2015 ele jamais poderia antever seu suplício de 2018 - a não ser que fosse mesmo o Messias!
A despeito dos insultos e ataques que se seguiram à jornalista pelo simples fato do exercício regular de seu direito de informar, Bolsonaro volta a glorificar seu messianismo como no episódio da carta, que comentei aqui. Tudo leva a crer que suas intenções são manter vivo seu público cativo e, talvez, abrir mais caminho no imaginário religioso, especialmente entre a grande fatia eleitoral dos evangélicos.
Como já falei mais cedo, a linha entre a coragem e a covardia é muito tênue. Mas mentir é uma vergonha.
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[1] https://brpolitico.com.br/noticias/bolsonaro-manda-video-convocando-para-ato-anti-congresso/
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Foto: REprodução |
Em mais uma crise forjada por ele mesmo, o Presidente Jair Bolsonaro compartilhou através de seu Whatsapp dois vídeos nos quais convoca-se a população a comparecer às manifestações de rua contra o Congresso e o STF, marcadas para o próximo dia 15 de março.
Em reportagem veiculada pelo site BR Político [1] no último dia 25 de fevereiro, a jornalista Vera Magalhães revelou em primeira mão o conteúdo das mensagens endossadas pelo Presidente.
Causou espécie mais uma vez o culto à persona de Bolsonaro. Os vídeos contém cenas do terrível atentado que este sofreu durante a corrida eleitoral de 2018, acrescidos de frases que o equiparam ao sofrimento vicário de Jesus.
O texto inserido entre as imagens tem o seguinte teor:
“Ele foi chamado a lutar por nós. Ele comprou a briga por nós. Ele desafiou os poderosos por nós. Ele quase morreu por nós (sic). Ele está enfrentando a esquerda corrupta e sanguinária por nós. Ele sofre calúnias e mentiras por fazer o melhor para nós. Ele é a nossa única esperança (sic) de dias cada vez melhores. Ele precisa de nosso apoio nas ruas. Dia 15.3 vamos mostrar a força da família brasileira. Vamos mostrar que apoiamos Bolsonaro e rejeitamos os inimigos do Brasil. Somos sim capazes, e temos um presidente trabalhador, incansável, cristão, patriota, capaz, justo, incorruptível (sic). Dia 15/03, todos nas ruas apoiando Bolsonaro”.
Assim, à toda evidência, Jair crê mesmo que é o Messias.
Na última quinta, em sua live, Bolsonaro atacou a jornalista, afirmando que os vídeos datam de 2015. Mentiu desavergonhadamente, vez que em 2015 ele jamais poderia antever seu suplício de 2018 - a não ser que fosse mesmo o Messias!
A despeito dos insultos e ataques que se seguiram à jornalista pelo simples fato do exercício regular de seu direito de informar, Bolsonaro volta a glorificar seu messianismo como no episódio da carta, que comentei aqui. Tudo leva a crer que suas intenções são manter vivo seu público cativo e, talvez, abrir mais caminho no imaginário religioso, especialmente entre a grande fatia eleitoral dos evangélicos.
Como já falei mais cedo, a linha entre a coragem e a covardia é muito tênue. Mas mentir é uma vergonha.
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[1] https://brpolitico.com.br/noticias/bolsonaro-manda-video-convocando-para-ato-anti-congresso/
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