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Durante séculos na História do Cristianismo a reflexão teológica representou, de um lado, a tentativa de responder os anseios de sentido para a existência e transcendência da alma. Por outro, cumpriu o papel de explicação de um modo peculiar de ver o mundo, aglutinando em si mesma os saberes da filosofia e das demais ciências humanas no decurso das épocas.
As Teologias Contemporâneas surgiram no contexto de mudanças bruscas na realidade sociopolítica mundial, especialmente quando considerada a virada do século XVIII para o XIX. O aparente triunfo da ciência e o otimismo esboçado no uso da razão acabaram por relegar a religião cristã ao total menosprezo. Portanto, a Teologia Liberal contribuiu para a reflexão teológica ao encabeçar o embate na reconstrução do sentido original do texto bíblico e, com isso, buscar a recuperação da mensagem cristã. Contudo, o seu resultado foi demasiadamente maléfico.
Mais recentemente, alguns grupos se apropriaram do ideal reformador do sacerdócio universal dos crentes e, segundo suas próprias idiossincrasias, reelaboraram temas de seus contextos culturais com certo ineditismo teológico. Mais uma vez, o produto de tais reflexões se mostrou ambíguo e distorcido. A Teologia da Prosperidade tornou-se uma das mais danosas espécies de ideologia já concebidas, cujos impactos se alastram amplamente sob as diversas expressões denominacionais do evangelicalismo.
Entretanto, a Teologia não pretende narrar a descida de uma religião imaculada do céu. A Teologia é produção de seres caídos e degenerados, muitos deles santos remidos, mas ainda imperfeitos. Há erros e acertos, conquistas e derrotas. E por isso mesmo, acima de tudo, a reflexão teológica é um ato precipuamente pessoal. Em certa medida, todos vivem diante do desafio de pensar sobre o Ser que desafia pensamentos. Sendo assim, a Teologia é muito pouco opcional. É ato necessário dessa fascinante viagem que é viver.
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