Imagem: tinybuddha |
Paixão é algo nada fácil de explicar. A sua indefinibilidade se deve em parte à percepção sensória, muito própria de cada um. Indo aos limites, ouso afirmar que se trata de uma ciranda de emoções, com reações bastante físicas.
Porém, paixão é também um estado inegável de pane humana. Corpo e alma em conspiração contra a sanidade, naquela vontade incinerada por desejos. Pela força com a qual nos arremessa, tudo na paixão é imprevisível.
Sonhos são aquelas projeções do subconsciente que nos embalam durante o sono. A sua imprevisibilidade se deve à liberdade artística da mente, que se aproveita do expediente noturno.
Contudo, também chamamos de sonhos àqueles desejos que nos inquietam e nos enchem de expectativas sobre o futuro. São também indefiníveis, pois ainda que os imaginemos, nada garante que se concretizem no tempo e da maneira que esperamos.
Nisso está a necessidade da paixão. Se não houver espaço para a vertigem, o sonho não passa de idealização. Paixão é sonho em vida súbita.
Sonhar é se deixar apaixonar por imprevistos.
Quem sonha se entrega.
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